quinta-feira, 5 de março de 2015

Quase dois anos ou 15º ciclo

Alô, alô você que me lê... Cá estou no 5 DC deste 15º ciclo de tentativas. No total este é o 23º mês desde que nós aqui decidimos engravidar. 
Dentre estes 23 meses, alguns ciclos não entraram na conta porque eu estava fazendo algum tipo de tratamento contraceptivo ou porque vivemos crises no casamento. Então contabilizo 14 ciclos frustrados. 
O balanço geral dessa história é bem diferente do que eu poderia imaginar quando ingressei nessa empreitada. A princípio eu tinha um instinto me dizendo que eu teria problemas de fertilidade mas junto com esse instinto também tinha um achismo bobo que me dizia que era só o marido colocar os peixinhos dele pra dentro do meu útero e voi là, seriamos pais! Hoje, depois de quase dois anos, eu me sinto cansada e triste ao me dar conta de que não tenho controle de absolutamente nada neste aspecto da minha vida. Porque, se antes a coisa que eu tinha certeza na vida é de que eu seria mãe antes dos 30, hoje só me resta a conformação com o fato de que a maternidade virá mesmo quando eu já for uma senhora balzaquiana, e olhe lá. 
Durante todo o 14º ciclo, do mês de fevereiro, eu fiquei completamente arrebatada por um sentimento de serenidade. A positividade me preencheu e eu me senti gestando o meu grãozinho de amor. Me senti mãe e acreditei que mesmo que não estivesse ocorrendo algo fisiológico naquele momento, mesmo que não tivesse nada fecundo dentro do meu útero, meu coração estava verdadeiramente pronto para a maternidade. Senti como se dali em diante seria  meramente questão de tempo para que o meu corpo começasse a dar sinais de que uma nova vida estava chegando. 
Mas aí fevereiro acabou e março chegou trazendo um novo ciclo e levando aquela sensação boa de serenidade que senti durante todo o 14º ciclo. O 15º ciclo iniciou exatamente no 1º dia de março...

E os dois ou três primeiros dias deste ciclo foram chorosos e doloridos. A frustração me manteve presa na cama por mais horas do que eu gostaria, e mais uma vez o desânimo e o desespero me machucaram, me fizeram ser ríspida e impiedosa com meu marido, rebelde e descrente em Deus.

Mas nada como um dia após o outro... Do terceiro dia em diante a gente levanta a cabeça, sacode a poeira. e dá um jeito de encontrar forças pra recomeçar. Voltei a medir a TB, encomendei testes de ovulação, comprei chás e consegui uns preparados naturais pra tomar durante este ciclo. Tentei marcar consultas com o médico especialista em fertilidade. Decidi que vou partir para o atendimento particular - porque meu plano atual não está cooperando mesmo - e marido vai fazer o tal do espermograma de luxo (aquele que custa 200 dilmas) na próxima segunda! We are on the game!

E assim vamos seguindo!

Amanhã tem mais um post da série Medicina Natural.


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