quarta-feira, 16 de julho de 2014

Minha história até aqui

A decisão de deixarmos de ser um simpatico "jovem casal" e sermos promovidos a mamãe e papai começou a se desenhar em minha cabeça quando as amigas grávidas começaram a saltar na minha timeline do Facebook. Lá por volta de janeiro de 2013. Era tanta foto de chá de bebê, ultrassonografia, bebês sorridentes que quando vi, já tava totalmente contagiada por essa coisa de cheiro de lavanda misturado com gofo, noites maldormidas, sorrisos deliciosos e tudo o mais que envolve ter um bebê em casa. Mas esperei esfriar o calor da emoção pra ver se passava toda aquela empolgação com a maternidade alheia, maaaas... não passou, aliás, muito antes pelo contrário, cresceu, e muito!
Quando me dei conta meu cérebro já tava totalmente reprogramado para esta finalidade. E assim, em abril de 2013 decidimos iniciar as tentativas.

Vou começar a história laaaaá do começo, ok?

Bem, na adolescência eu tinha uma forte impressão de que não iria encontrar a tal tampa da panela, a banda da laranja, o sapato roto pro meu pé torto. Enfim, achava que não ia mesmo rolar essa coisa de achar o cara, casar com o cara, construir a família com o cara. Porque eu realmente não acreditava que seria possível encontrar esse cara que fosse compatível comigo. Então, meus planos sempre envolveram uma maternidade, mas eu seria mãe solteira, provavelmente faria uma I.A. (Inseminação Artificial) com material de algum desconhecido e adotaria mais uns dois guris pra viver minha maternidade independente feliz. Estes super planos também incluíam viver fora do Brasil por alguns anos, fazer mestrado, doutorado, ser bem sucedida e bem resolvida com a vida sem marido. Só que, de certo modo, em um lugar do meu coração, sempre esteve presente um medinho de não conseguir ser mãe.

Mas aí um cara caiu na minha vida de paraquedas. E foi a melhor coisa que me aconteceu! 
Em três meses de namoro já sonhávamos com o casório. E depois de dois anos e meio namorando, juntamos as escovas de dentes, com direito a festa e papel passado, mas tudo sem pressão, sem stress. Tudo acontecendo muito naturalmente. 
Ele é meu número! Me entende, me suporta e me completa! 
Juntos enfrentamos perrengues e crises e juntos fazemos quase tudo, inclusive sonhamos com essa nova fase que tanto queremos inaugurar agora, após quase 5 anos de casados e 7 anos de amor ♥

Quando iniciamos as tentativas em abril do ano passado, eu cheguei a sentir novamente aquele medinho de não conseguir engravidar. Mas na maior parte do tempo eu estava mesmo pensando que era só colocar o "piru pelado na piriquita pelada", deixar os peixinhos dele nadarem na minha banheira e PIMBA, ói o neném! (Sabe de nada, inocente!) Juro que fiquei emocionada na primeira vez que treinamos, achando que a fecundação era tipo achocolatado: misturou e tá pronto. Só que não né, gentem? 
Naquele tempo eu nem sabia direito que tinha essa parada de ovulação, quanto mais período fértil. Vi algumas amigas engravidarem na primeira tentativa e simplesmente achei que seria assim comigo. Acontece que no inicio das tentativas estávamos numa pindaíba sem precedentes. Ele, desempregado. Eu, sustentando a casa com um salário mixo que mal pagava o aluguel e vivendo lhôca, fazendo contas pra ver se conseguia multiplicar o dinheiro. Eu vivia super estressada mesmo, o que provavelmente afetou um bocadão meus hormônios e pra ficar ainda mais legal, além de nada de bebê, três meses depois que iniciamos as tentativas, também começou a faltar marido. Atravessamos uma crise conjugal que durou uns três meses sufridos de fazer dó e aí a ideia de ser mãe era a ultima coisa na qual eu queria pensar. 

Depois da crise a gente se acertou e as coisas ficaram maravilhosas, tão bom ou até melhor do que no começo. Logo voltamos aos treinos. E nisso eu já tava mais sabidinha! Tinha começado a estudar sobre fertilidade, parto e pedagogia. Tava começando a me empoderar sobre fertilidade!  
Quando retornamos às tentativas vi que precisava ver como tava meu organismo. Se tava tudo oquêi de verdade. Então, toca a marcar GO e exames! Fui em umas três médicas e acabei optando por ficar com o GO Fofura da cidade onde moro. Um médico que suuuuper apóia parto natural e até já me encorajou a parir em casa quando eu embuchar (é assim que ele fala rs). Só que aí, vendo que eu tava com cisto paraovariano e ovários policisticos, ele resolveu tratar disso com os métodos tradicionais, "ou seje", me receitou 3 caixas de Anticoncepcional e deu descarga no meu projeto projeto mamãe 2013. Eu ainda não sabia que podia tratar cisto com outro tipo de medicação e aceitei a prescrição choramingando, mas achando que não havia alternativa. Agora sei que mesmo sendo muito fofo ele foi bem safadinho, me enrolou com aquela velha história de que ainda sou nova e não preciso ter pressa pra "embuchar" e decidiu por mim que eu podia esperar mais um pouco.

Bom, pra encurtar - ai que mentira que dá pra encurtar, o post já tá enorme - esse papo de hoje, posso dizer que, da decisão que tomamos em abril de 2013 até hoje, tivemos 8 ciclos realmente válidos de tentativas. Estamos agora no 9º, mais precisamente no 4 dia após a ovulação (4 DPO). E este ciclo marca minha iniciação na observação da Temperatura Basal, no uso do aplicativo Fertility Friend e no vício nos grupos de tentantes do Facebook. Então, né? Vê-se que surtei de vez! Mas juro que tô fazendo a lição de casa bem direitinho pra ver se finalmente vem bebê!

No próximo post vou começar a contar sobre os diagnósticos que já recebemos (marido e eu) e sobre as minhas suspeitas depois de tanta leitura e empoderamento.

4 comentários:

  1. Oi Gê, nem sei como achei seu blog, acho que foi pulando de um em um kkkkk
    Comecei a ler sua história e já estou te seguindo, torcendo para que o positivo não demore a chegar.
    Bjoss

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    1. Oi Patrícia! A blogosfera faz isso com a gente! Também descobri um monte de blog bacana assim, entre um link e outro. E se a gente não se controlar, passa o dia inteiro entre um blog e outro

      Grata pela torcida e por me acompanhar nessa montanha-russa emocional que é a corrida por um bebê! rs

      Que venham nossos positivos!
      Bjitos ♥

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  2. Olá!! Meu Deus... até me assustei com as coincidências de nossas historias, encontrei seu blog, achei interessante e resolvi fusar o inicio de tudo... eu também nunca sonhei em casar, sempre quis produção independente, mas sem querer encontrei uma benção de companheiro em minha vida e tbm após 5 anos de casados começamos a tentar em Abril... só que de 2014! sempre tive aquele medo de não engravidar e agora depois de quase 1 ano to achando que já era intuição! Vou continuar lendo...

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    1. Dri! Então o lado bom é saber que nem eu nem você está sozinha! rs Eu cheguei a conclusão que a insegurança e o medo fazem parte do processo. Há momentos nessa caminhada que pesa demais suportar a tristeza, especialmente nos primeiros dias dos ciclos, quando confirmamos que nosso útero não floresceu! Mas vamos com fé!
      Que e breve possamos celebrar novas vidas! ;)
      Bjitos!

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Vamo papear! Pode comentar que eu respondo! ;)